Live Commerce: a tendência do varejo online

Após a disseminação do coronavírus e o início do isolamento social no Brasil, as lojas físicas foram obrigadas a pausar as atividades. A pandemia impôs às empresas pensarem em novos modelos de negócio para continuar vendendo durante o período, como integrar as operações entre loja física e e-commerce.

Uma das tendências impulsionadas pela Covid-19 é a Live Commerce, também chamada de Shopstreaming. A transmissão em tempo real na internet promove a venda online de produtos e a interação do público com a marca.

Onde surgiu a Live Commerce?

live commerce

O pioneiro em oferecer a novidade aos consumidores foi o Taobao, e-commerce do grupo chinês Alibaba, em 2016. Naquele ano, durante a transmissão no Dia dos Solteiros, em 11 de novembro, o lucro obtido foi de US$ 2,85 bilhões. A data celebrada na China é equivalente à Black Friday norte-americana e em 2019 alcançou US$ 38,4 bilhões em vendas.

O formato se tornou popular no continente asiático. Assim, a Taobao segue líder nas transações comerciais, seguido de Douyin e Kuaishou, que também exploram o universo do Shopstreaming.

Nos Estados Unidos, a gigante Amazon aderiu ao novo formato. Assim, o canal de streaming disponível 24h, Amazon Live, apresenta reviews ao vivo sobre produtos à venda na plataforma.

O novo jeito de vender online no Brasil

Fenômeno na Ásia há alguns anos, a Live Commerce começa a dar os primeiros passos no país. O isolamento social na quarentena obrigou a maioria da população a ficar em casa e, assim, as marcas tiveram que se reinventar para alcançar o público.

No Brasil, o pioneiro no formato Shopstreaming é o grupo B2W Digital, que engloba várias marcas, entre elas a Americanas. Assim, a transmissão do “Americanas ao vivo”, com descontos exclusivos, oferecidos no aplicativo da marca, contou com a participação de influenciadores digitais e artistas.

Camila Coutinho, Bianca Andrade, Nah Cardoso, Rafael Portugal, Gaby Amarantos e Fred apresentaram, ao público, artigos de maquiagem, perfumaria, smartphones, eletrodomésticos etc.

Marcas de moda apostaram no modelo de vendas online. A Riachuelo, por exemplo, realiza exibições em seu canal do YouTube, Instagram e no site. A Live Commerce teve a participação da dupla Simone e Simaria, Mumuzinho, Mônica Salgado, Andressa Suita, Mari Maria, Sabrina Sato, Flávia Alessandra, Thainá Fernandes, Otaviano Costa e Duda Nagle. Além de ofertar descontos para os clientes, apresentar peças femininas e masculinas, fizeram parte do evento, shows musicais, dicas de moda e maquiagem.

O setor de alimentação também inovou. A marca de chocolates Dengo disponibilizou loja ao vivo para os consumidores. Ao acessar o e-commerce, o usuário é direcionado para o ambiente real da unidade no Shopping Eldorado, em São Paulo. Além disso, é possível interagir com produtos que estão nas prateleiras e verificar valor, componentes entre outras informações. Por fim, caso o cliente tenha alguma dúvida, há um chat disponível para contato com o vendedor, que realiza o atendimento em tempo real.

Ofertas, interatividade e entretenimento

Muitos países flexibilizaram as medidas de isolamento social, mas parte da população não se sente segura em ir até uma loja física. Por isso, diante de tantas incertezas, a Live Commerce é uma boa estratégia para aproximar os clientes das marcas.

É possível criar uma atmosfera de interatividade com o público, ofertas promocionais e entretenimento, com o objetivo de estabelecer confiança e credibilidade. Além disso, os consumidores podem observar mais facilmente a qualidade, utilidade, dimensões do produto, entre outras características, na transmissão ao vivo do que apenas visualizando uma imagem. Em resumo, esse novo modelo de venda online tende a gerar engajamento e confiança na compra.

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